Quinteto de Stephan: o que é? Relação com James Webb e estrelas

Em uma revelação notável na última terça-feira (12), a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) tornou público o primeiro conjunto de imagens capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST).

Destacando-se na série de imagens, houve o lançamento de uma nova fotografia do Quinteto de Stephan, que é um conjunto de cinco galáxias localizado na constelação de Pégaso.

O Quinteto, descoberto pelo astrônomo francês Édouard Stephan em 1877, já tinha sido encapsulado em uma imagem pelo Hubble anos atrás. No entanto, graças à avançada tecnologia de infravermelho do JWST, a apresentação de imagens espaciais em alta resolução e detalhes nunca antes vistos tornou-se possível.

O que foi revelado nas fotos do Quinteto de Stephan?

A imagem do Quinteto de Stephan contém mais de 15 milhões de pixels e necessitou de mil arquivos diferentes para sua composição, tornando-a a maior foto de Webb até o momento. Realçados na imagem estão as caudas de gás, poeira estelar e aglomerados de milhões de estrelas jovens, dispostos em cinco galáxias cintilantes como algumas das várias composições do espaço.

Por que as fotos do Quinteto de Stephan são importantes?

O estudo do Quinteto de Stephan é de suma importância para a comunidade científica. Por exemplo, a NGC 7319, uma das galáxias do quinteto, abriga um núcleo galáctico ativo formado por um buraco negro supermassivo com a capacidade de 24 milhões de vezes a massa do sol. Esse fenômeno absorve tudo em seu entorno e emite uma luz potente equivalente a 40 bilhões de sóis.

Como o Telescópio Espacial James Webb conseguiu capturar esses detalhes?

O Telescópio Espacial James Webb empregou os sensores infravermelho Near-Infrared Spectrograph (NIRSpec) e Mid-Infrared Instrument (MIRI) para capturar todos os detalhes do Quinteto de Stephan. Esses equipamentos combinam câmera e espectrógrafo para fornecer “cubos de dados”, ou seja, arquivos de imagens das características espectrais de um núcleo galáctico.

Eles funcionam de maneira similar a uma ressonância magnética, permitindo que as informações sejam divididas em vários arquivos para a realização de um estudo mais avançado.

Graças a esta tecnologia, o Webb pôde perfurar o manto de poeira que circunda o núcleo da galáxia NGC 7319, descobrindo a existência de gás quente próximo ao buraco negro e medindo a velocidade dos fluxos brilhantes impulsionados por ele com uma precisão sem precedentes.

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