Há mais de 30 anos fotografando o espaço: o que o Hubble registra?

Em 1990, um marco para a astronomia e para a ciência como um todo foi estabelecido: o lançamento do Telescópio Espacial Hubble. Projetado nas décadas de 1970 e 1980, esse instrumento revolucionário expandiu nosso conhecimento sobre o universo de maneiras além da imaginação humana.

A lente do Hubble possibilitou uma visão mais detalhada dos corpos celestes e apresentou imagens do cosmo de tirar o fôlego. Tal precisão é comparável a enxergar uma bola de futebol a 51 quilômetros de distância.

Como o Telescópio Hubble funciona?

Ele consiste principalmente em um espelho de 2,40 metros de diâmetro, o que o caracteriza como um telescópio refletor. Orbitando a Terra a 600km de sua superfície, o Hubble realiza uma revolução completa em torno do nosso planeta a cada 95 minutos aproximadamente.

Para manter seu funcionamento, o telescópio se alimenta de energia solar, captada através de dois painéis solares que somam uma área de 60 m². Além disso, o Hubble pesa aproximadamente onze toneladas.

Quem foi o homem por trás do nome Hubble?

Edwin Powell Hubble (1889-1953) foi um proeminente astrofísico norte-americano responsável por descobertas astronômicas importantes.

Dentre elas, a determinação das distâncias entre várias galáxias. Em 1929, Hubble mostrou com suas pesquisas que as galáxias estão se afastando umas das outras a velocidades incríveis e que esse movimento é acelerado. Ou seja, as velocidades de afastamento aumentam cada vez mais.

O Hubble também teve seus defeitos. Lançado em abril de 1990, um erro na forma de seu espelho o impediu de focar as imagens dos objetos. Em vez de substituir o espelho, os pesquisadores optaram por corrigi-lo. Essa correção ocorreu em dezembro de 1993 e, desde então, o espelho do Hubble tem funcionado perfeitamente.

Quais descobertas foram feitas pelo Hubble?

  • Imagens detalhadas de nebulosas permitindo a compreensão da formação e morte de estrelas;
  • Imagens de mais de 1500 galáxias, mostrando um universo imenso, jamais observado anteriormente;
  • Visão real da colisão de um cometa com o planeta Júpiter;
  • Detecção de CO2 na superfície de um planeta;
  • Descobertas de planetas fora do Sistema Solar;
  • Imagens da colisão entre galáxias;
  • Detectação de buracos negros.

O futuro da exploração espacial: Telescópio Espacial James Webb

Depois de mais de três décadas auxiliando no avanço da Ciência, o telescópio Hubble será substituído pelo telescópio espacial James Webb em 2023. Este novo telescópio custou 8,8 bilhões de dólares e é 100 vezes mais potente que Hubble. Além disso, opera a temperatura de -233°C e ficará a uma distância de 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

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