Cavalo Alado e a Constelação de Pégaso (Pegasus): como identificar

A grandiosa constelação de Pégaso, inspirada na mitologia grega e um dos maiores símbolos da esfera celeste, marca sua presença de forma imponente no firmamento.

Uma figura fácil de identificar devido ao seu enorme quadrado delineado por quatro estrelas brilhantes, especialmente nos céus do outono às 21.00 horas. Cada lado deste quadrado estelar ocupa cerca de 15º no céu, equivalente a 30 luas cheias colocadas lado a lado. Seu tamanho e destaque facilitam a identificação de outras constelações importantes, como a de Andrômeda e a respectiva galáxia de mesmo nome.

Adentrando mais na origem de Pégaso, segundo a mitologia grega, este cavalo alado nasceu de Medusa. Uma vez sendo Medusa uma mulher de beleza ímpar e de cabelos esplêndidos, atraiu muitos admiradores, todavia, apenas Posídon, deus dos mares e dos cavalos, logrou êxito em conquistar o coração dela.

Dessa unição, no templo de Atena, Medusa foi amaldiçoada pela deusa enfurecida, transformando-se em um monstro de serpentes no lugar dos cabelos e com um olhar capaz de petrificar homens.

De onde vem o nome de Pégaso?

O nome Pégaso provém da palavra grega pegai, que se traduz para “fontes”, enquanto Crisaor, seu irmão que nasceu junto com ele do corpo decapitado de Medusa, tem o nome traduzido para espada de ouro. Pégaso voou até ao Monte Helicon, onde residiam as musas, e demonstrou seu favor originando uma fonte de água a partir de um rochedo.

Foi quando o rei da Lícia, na Anatólia, confiou a Belerofonte a árdua tarefa de derrotar Quimera, um monstro que assolava a região. Ele encontrou o cavalo alado e, com a ajuda de um bridão de ouro que foi um presente de Atena, conseguiu domar Pégaso.

Como Pégaso se tornou uma constelação?

Após a derrota de Quimera, Belerofonte, montado em Pégaso, tentou alçar voo até o Olimpo, mas falhou miseravelmente em seu intento. No entanto, Pégaso continuou voando até o Olimpo, onde passou a servir Zeus. Pela sua lealdade e serviços prestados, foi presenteado com um lugar no céu, transformando-se assim na famosa constelação.

Em representações clássicas, é comum ver apenas a metade dianteira do cavalo, de maneira similar as constelações do Touro e do Potro. Através de um pequeno telescópio ou binóculos, é possível visualizar na área do céu ocupada por Pégaso, o enxame globular M15, que é um belo conglomerado de muitos milhares de estrelas.

O que mais podemos aprender com a constelação de Pégaso?

A constelação de Pégaso é um belo lembrete de como a mitologia, a história, a astronomia e a natureza estão intrinsecamente conectadas, formando a tapeçaria complexa e bela do nosso universo.

A observação do céu pode ser uma prática tanto científica quanto poética, e o estudo das constelações abre portas para uma diversidade de conhecimentos. Entender as histórias por trás destas formações estelares nos ajuda a compreender melhor a nossa cultura, assim como o valor inestimável das lendas e mitologias na construção dos conhecimentos astronômicos que temos hoje.

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