O ‘quase planeta’: entenda por que o asteroide Vesta recebe esse nome

Em 1807, um corpo celeste gigante foi descoberto pelo astrônomo alemão Heinrich Wilhelm Olbers. Este asteroide, batizado de Vesta em honra à deusa do fogo sagrado, tem uma área que equivale o dobro do território da Califórnia. Esta descoberta foi inaugurada enquanto Olbers tentava encontrar um novo planeta entre Marte e Júpiter.

Antes de tropeçar com Vesta, Olbers já havia deixado sua assinatura na ciência em 1779 ao desenvolver um novo método para calcular as órbitas dos cometas. Suas explorações espaciais na Alemanha resultaram também na descoberta do asteroide Pallas e cinco cometas.

O que a Nasa encontrou em Vesta?

Mais de 200 anos após a descoberta de Olbers, a Nasa percebeu que tinha muito a aprender com Vesta. Assim, entre 16 de julho de 2011 e 5 de setembro de 2012, a agência espacial americana enviou a sonda Dawn para o espaço com missão de estudar Vesta.

Os estudos realizados ao longo desta missão revelaram que o asteroide se formou entre 1 a 2 milhões de anos após o surgimento do Sistema Solar. A sonda conseguiu aproximar-se do asteroide, tirando imagens a uma distância de quase cinco mil quilômetros da superfície do Vesta.

Um asteroide com história

Os dados colhidos pela Nasa sugerem que Vesta sofreu um impacto profundo. De fato, estima-se que aproximadamente 6% de todos os meteoritos encontrados na Terra sejam oriundos deste evento cósmico. Esse conhecimento reforça a ideia de que os asteroides, como Vesta, desempenham um papel importante na história do nosso planeta.

Vesta: Extraordinário por quase ser um planeta

Apesar da sua denominação de asteroide, o formato de Vesta é quase esférico, o que faz com que muitos considerem-no um potencial planeta anão. Até mesmo estudos científicos publicados em 2012 fazem referência a Vesta como um protoplaneta. Esta denominação significa que Vesta, a certa altura da sua existência, parou na fase inicial de desenvolvimento de um planeta, tornando-o num preservado fóssil dos primórdios do Sistema Solar.

Enquanto os holofotes continuam a focar em missões espaciais que buscam a exploração de planetas como Marte, corpos celestes como Vesta continuam a despertar a curiosidade dos astrônomos. Através do estudo de Vesta, novos horizontes e entendimentos são abertos sobre a formação e a evolução do nosso próprio Sistema Solar.

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