A NASA está inovando no campo da exploração espacial com o lançamento do robô humanoide Valkyrie, projetado para desempenhar funções complexas durante missões espaciais. Com uma estatura de 1,88 metro e peso superior a 130 kg, o Valkyrie é uma peça crucial na visão da agência espacial de criar máquinas capazes de substituir humanos em tarefas perigosas e monótonas no espaço.
Diferentemente do recente incidente envolvendo um ataque de robô em uma fábrica da Tesla, o Valkyrie é concebido com uma abordagem mais sensível. Seu destaque reside na habilidade de suas mãos e sensores visuais, possibilitando o manuseio de instrumentos com destreza comparável à humana. A NASA enfatiza a necessidade de construir máquinas que colaborem eficientemente com os humanos e que possam atuar em locais de alto risco ou desastres, demonstrando uma capacidade denominada manipulação hábil.
O líder da equipe Dexterous Robotics da NASA, Shaun Azimi, enfatiza a utilidade do Valkyrie em operações espaciais, destacando tarefas perigosas fora da nave, como a limpeza de painéis solares e reparo de equipamentos defeituosos. Essa abordagem visa liberar a tripulação humana para se concentrar em atividades mais estratégicas, como exploração e descoberta, ao invés de executar trabalhos monótonos e perigosos.
O Valkyrie, nomeado em homenagem às guerreiras valquírias da mitologia nórdica, é parte de uma parceria entre a NASA e a empresa Apptronik, sediada em Austin, Texas. Este robô humanoide surge como um sucessor do “irmão mais velho”, o Robonaut 2, que foi enviado à Estação Espacial Internacional em 2011, marcando a primeira vez que um robô humanoide foi lançado ao espaço. O Robonaut 2 realizou tarefas básicas, monitorando interfaces de controle e filtros de ar, antes de retornar à Terra em 2018.
A visão por trás do desenvolvimento desses robôs não é substituir equipes humanas, mas sim eliminar o trabalho tedioso e perigoso, permitindo que os humanos se concentrem em atividades de maior complexidade. A empresa Apptronik, por exemplo, está trabalhando em seu próprio robô humanoide, o Apollo, projetado para auxiliar em trabalhos pesados de fábricas e armazéns, como transporte de caixas e paletas, com planos de lançamento em 2025. Já os armazéns da Amazon contam com um colaborador robótico chamado Digit, desenvolvido pela Agility Robotics. Este avanço tecnológico sinaliza uma era em que a colaboração entre humanos e robôs se torna essencial para otimizar operações em diversas áreas.