Constelação de Carina: como localizar no céu do hemisfério sul?

Estamos prestes a embarcar em uma aventura cósmica sobre a constelação Quilha, também conhecida pelo nome latino Carina, típico do hemisfério celestial sul. Essa constelação é carregada de histórias e fascinantes características astronômicas que fazem dela um importante ponto de referência no céu noturno.

A constelação Quilha estabelece sua notoriedade no firmamento a partir de uma série de constelações vizinhas, incluindo as conhecidas Centaurus, Vela, Puppis, Pictor, Volans, Chamaeleon e Musca. No entanto, as maravilhas de Quilha se estendem além da sua localização geográfica no céu.

Da história à importância Astronômica: o que faz da constelação Quilha única?

Historicamente, Quilha era parte da constelação Argo Navis, o navio mitológico de Jasão e os Argonautas que buscavam o lendário Velocino de Ouro na antiga Grécia. No entanto, em 1763, Nicolas Louis de Lacaille dividiu a Argo Navis em três menores, dando origem à constelação Quilha, que representa a parte debaixo do navio, ou a quilha. Apesar da divisão, Lacaille manteve as designações das estrelas da Bayer, por isso, Quilha contém as estrelas α, β e ε, enquanto Vela tem γ e δ, e Puppis tem ζ, e assim por diante.

As maravilhas astronômicas de Quilha não param por aqui. Esta constelação abriga a estrela Canopus, uma supergigante branca de brilho intenso, considerada a segunda estrela mais brilhante do céu noturno, com magnitude de -0.72 e distantes 313 anos-luz da Terra. Além disso, é interessante notar que Canopus é uma estrela variável, que altera sua magnitude em cerca de 0,1. Na bandeira do Brasil, a estrela Canopus representa o estado de Goiás.

Quais são as outras estrelas notáveis na constelação Quilha?

Há uma miríade de estrelas além da magnitude 3 na constelação Quilha que possuem seus próprios encantos e peculiaridades. A Beta Carinae, também conhecida como Miaplacidus, é uma estrela de tonalidade azul e branca, com magnitude 1.7, e se situa a 111 anos-luz da Terra. A Epsilon Carinae, de cor alaranjada, tem brilho semelhante ao de Miaplacidus com magnitude 1.9, e está localizada a impressionantes 630 anos-luz da Terra. Theta Carinae é um membro notável do aglomerado IC 2602. Já a Iota Carinae é uma supergigante de tons brancos, com magnitude 2.2, e distante 690 anos-luz da Terra.

Em resumo, a constelação Quilha é um esplendoroso conjunto de estrelas, repleto de fascinantes formações celestes, cada uma com sua própria história e importância. Afinal, não apenas figuram como pontos de referência no céu, mas são fontes de descobertas constantes que provocam nossa curiosidade e ampliam nosso conhecimento sobre o vasto universo.

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