Amostras lunares trazidas em missão Apollo escondem segredo importante

A análise recente das amostras lunares trazidas durante as missões Apollo revelou um segredo intrigante: a presença de hidrogênio na Lua. A descoberta, divulgada pelo Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos (NRL), sugere implicações significativas para futuras explorações lunares, especialmente no que diz respeito ao uso potencial de água em bases lunares.

De acordo com os pesquisadores, esta é a primeira vez que a presença de hidrogênio foi demonstrada dentro de cavidades em amostras lunares. Katherine D. Burgess, geóloga na Divisão de Ciência e Tecnologia de Materiais do NRL, enfatiza a importância desse achado, destacando o potencial do hidrogênio como recurso utilizável diretamente na superfície lunar, especialmente quando consideramos a possibilidade de instalações mais regulares ou permanentes.

Anteriormente, a mesma equipe já havia utilizado técnicas avançadas, como microscopia eletrônica de varredura por transmissão e espectroscopia de perda de energia de elétrons, para detectar hélio em amostras lunares. A identificação do hidrogênio lunar abre novas perspectivas para a exploração espacial, enfatizando a importância de localizar e compreender recursos antes de estabelecer presença humana na Lua.

A descoberta do hidrogênio nas amostras do solo Apollo 79221, coletado durante a missão Apollo 17 em 1972, destaca a possibilidade de o elemento ter origem no vento solar, concentrando-se como hidrogênio molecular em cavidades em minerais, como a apatita. A localização estratégica dessas vesículas nas bordas dos sedimentos desgastados pelo espaço oferece uma conexão clara entre o conteúdo das cavidades, a irradiação do vento solar e as histórias térmicas individuais dos sedimentos.

Os cientistas explicam que o hidrogênio armazenado nas bordas desses grânulos representa uma fonte de substâncias voláteis liberadas durante impactos na exosfera lunar. A equipe de pesquisa continua seu trabalho, explorando amostras da superfície lunar e de asteroides para compreender como essas superfícies interagem com o ambiente do espaço, uma dinâmica conhecida como intemperismo espacial. Essa pesquisa mais aprofundada é crucial para a expansão do conhecimento sobre a Lua e para o desenvolvimento de estratégias eficazes em futuras missões exploratórias no espaço.

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